terça-feira, setembro 02, 2008



Chuva da Alma

Roberto Amorim

Cai a gota, enfim, escorrendo

Ao longo do suave declive

Precipita-se, suave, impensável

Na grande distância, abaixo

Descendo por curvas, poemas

E formas, momentos, lisuras

Superfícies cálidas, nuas

E enquanto cai evapora

No calor que em si mesma encerra

E no da superfície sincera

Que em vão a esmaga e abriga

Até que enfim se esfacela.


Outra gota em seu lugar brota

No olho já tão marejado

Calor e tristeza e água

E sal, e sabor, e beleza

Escorre no rosto sofrido

Vivido de angústias e glórias

Tão cheio de outras histórias

Caminhos trilhados por gotas

Na dor e no amor esculpidos

E a lágrima nova se lança

Tem gosto de vida e de chuva

De sal e também de esperança.

Beijos meus amores.

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